Não gosto do terrorismo que o Universo das infindas probabilidades propõe. Quando estou numa mesa de bar e fico em dúvida se chego ou não em uma garota, tomo um gole de cerveja, levanto e invento uma desculpa qualquer para um primeiro contato.
A dor de não ter feito nada é bem maior do que as infindas possibilidades de uma conversação bem sucedida; no final das contas, se a garota for legal, os dois ganham; afinal, a minha companhia é gostosa. Se a garota for rude; quem perde é ela.
Quando temos consciência do nosso valor agregado, passamos a saber jogar com o fato de que somos uma grande perda. Não estou falando de mesa de bares, tampouco de garotas; estou falando da vida. Nossa energia está onde a nossa atenção está e gastá-la a pensar no que poderíamos ter feito é um desperdício num Universo em que não temos nada a perder.
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